sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Artigo na CNA

Saiu um artigo meu sobre Astrodramaturgia no site da Central Nacional de Astrologia (CNA):
http://www.cnastrologia.org.br/artigos.php?pg=artigos_02.php

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

2º CASO - Noviça Rebelde


Seguindo os princípios da Astrodramaturgia, a história do mapa do Caso 02 é “Noviça Rebelde”, resumida assim no site Internet Movie Data Base:

Viúvo e aposentado, o oficial naval austríaco, Capitão Von Trapp, conduz sua casa com exagerada disciplina, tornando seus sete filhos carentes de alegria e afeição. Também para a noviça Maria, a vida no convento é bastante restritiva e insatisfatória, e ela vive quebrando as regras. A madre superiora decide que Maria deve sair do convento e aceitar um trabalho como governanta da casa do Capitão.

Por meio da música e de passeios, Maria dá às crianças o gostinho de uma vida mais alegre, e elas se afeiçoam à governanta. O Capitão se reaproxima de seus filhos também, compreendendo o valor e a beleza da liberdade trazida por Maria. Ironicamente, a liberdade dos austríacos está ameaçada, já que a história se passa em 1938, quando da invasão da Alemanha. O Capitão é um patriota, apaixonado pelo estilo de vida austríaco.


Em sua vida pessoal, o Capitão vive um romance com a rica, culta e simpática Baronesa, mas ele se torna cada vez mais encantado por Maria, e começa a se apaixonar por ela, que também começa a gostar do Capitão. Maria, contudo, é uma noviça que não sabe lidar muito bem com situações afetivas. Amedrontada, ela retorna ao convento, mas a madre superiora a convence a enfrentar a situação ao invés de fugir dela. Maria volta para a mansão dos Trapp, e descobre que o Capitão e a Baronesa ficaram noivos.


O Capitão confessa à Baronesa sua atração por Maria, e o noivado é cancelado. Maria se casa com o Capitão, mas a situação familiar é ameaçada porque o Capitão recebe uma convocação para servir à marinha nazista.


Sem querer servir ao exército alemão, o Capitão e Maria resolvem deixar a Áustria. Após fugir da perseguição nazista, eles e as crianças escapam a pé pelas montanhas.



ANÁLISE ASTRODRAMATÚRGICA (PLANETAS-PERSONAGENS E ASPECTOS-ESTRUTURA NARRATIVA)

O herói é o Sol, logo Maria. O Sol em Escorpião, na casa 4, sugere um herói vivendo um ambiente familiar que passa por profunda transformação. Maria é uma governanta que muda a estrutura familiar. O Sol está conjunto a Saturno, que pode representar o Capitão, a autoridade. Os dois se confundem, havendo um momento em que o Capitão chama Maria de “capitão”. Os dois estão lado a lado, em casa (a Casa 4), numa relação intensa de amor e ódio (em Escorpião).

A Lua é o inimigo. Na Casa 10, em Áries, um inimigo público e agressivo, logo o próprio estado nazista.

Mercúrio em Libra, em conjunção com Netuno, na Casa 4, sugere uma comunicação musical. O filme é, em grande parte, cantado, e a música representa um papel fundamental (Fundo do Céu) no desenrolar da trama: as apresentações musicais, o teatrinho e o coral, marcam momentos decisivos.

Vênus é a companheira, amante ou amiga. Quando o herói é do sexo feminino, normalmente Vênus torna-se um atributo a mais da heroína, logo é também representativa de Maria. Vênus na Casa 5 indica uma heroína altamente expressiva, como se estivesse sempre em um palco. Logo na primeira cena, Maria já aparece cantando no palco aberto das montanhas. Vênus retrógado sugere idas e vindas antes da heroína tomar seu verdadeiro rumo, representadas na história pelo vaivém entre o convento e a mansão dos Trapp. Vênus em Escorpião reforça o caráter transformador da protagonista.

Marte é o guardião, o companheiro, amante ou amigo. Ele está conjunto à Roda da Fortuna em Aquário, na Casa 7. Temos aqui a ação (Marte) voltada para o relacionamento (Casa 7), rendendo desentendimentos, brigas (Marte) entre os casais (Casa 7). Mesmo assim, a presença da Roda da Fortuna sugere que também nessa área dos relacionamentos está o melhor da vida. A Casa 7 ainda traz Quíron, o curador ferido, indicando que há um trauma de estabilidade (em Capricórnio) nessa área. Quando resolvido, o trauma adquire potencial curador, possibilitando uma união feliz.

Júpiter, caso seja personalizado, é Deus ou um mentor. Nessa história, não existe a personificação explícita de um Mentor. Júpiter na Casa 1, em conjunção com Urano, em Câncer, indica que a história possui personalidades (plural, Júpiter) que dão grande valor à liberdade (Urano), e que a estrutura familiar (Câncer) recebe esse impacto.

Plutão na Casa 2 indica que se trata de uma história de muita abundância material e de profunda transformação nos valores.

Os Nódulos Lunares, que podemos compreender como o rumo da história, estão em Câncer / 12ª Casa (Sul) e Capricórnio / 6ª Casa (Norte). A história é um movimento da reclusão familiar para um dia-a-dia iniciático. O isolamento de Maria no convento e o caráter de prisão da mansão Von Trapp vão abrindo espaço para um cotidiano de amadurecimento, de crescimento.

O Ascendente, que podemos compreender como o tom da condução da história, a maneira pela qual ela é narrada, está em Câncer. A história é marcada pela família. O regente do Ascendente, a Lua, no Meio-do-Céu, indica que a maternidade é a vocação da história.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Palestra sobre Astrodramaturgia

Palestra sobre Astrodramaturgia, proferida por Eduardo Loureiro Jr. em 5 de fevereiro de 2009, no Centro Cultural e Taberna Mittelalter, em Brasília, dentro do projeto O Saber das Estrelas, coordenado por Beth Ossege, que apresenta palestras astrológicas toda quinta-feira, às 19h30, na quadra 203 Norte, Bloco C, loja 59, subsolo. Mais informações sobre O Saber das Estrelas em http://osaberdasestrelas.blogspot.com